segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Habilidade matemática já aparece em crianças pequenas

Crianças com bom senso numérico tendem a ter melhores resultados na solução de problemas.

Segundo um novo estudo, crianças de 3 anos possuem um 'senso numérico’ que pode estar ligado à aptidão matemática.
Melissa Libertus, psicóloga da Johns Hopkins University, e colegas examinaram algo chamado 'senso numérico’, uma intuição – não envolvendo contagens – acerca do conceito de mais e menos. Isso existe em todas as pessoas, disse Libertus, incluindo bebês e povos indígenas sem qualquer educação formal.
Os pesquisadores mediram essa intuição em crianças pré-escolares exibindo grupos de pontos azuis ou amarelos, piscando numa trela de computador. As crianças tinham de estimar qual grupo de pontos era maior em número. Como a exibição era rápida, elas tinham de usar seu senso numérico em vez de contar os pontos.

As crianças com melhor senso numérico também mostraram melhores resultados em problemas simples de matemática propostos pelos pesquisadores. Eles pediram que as crianças contassem em voz alta o número de imagens numa página, que lessem números arábicos e fizessem outros cálculos simples.
Estudos anteriores mostraram que existe uma conexão entre o senso numérico e a habilidade matemática em adolescentes. Mas este é o primeiro estudo a explorar essa conexão em crianças por pouca ou nenhuma educação formal.
créditos: The New York Times 27/08/2011

AS CRIANÇAS E O CONHECIMENTO MATEMÁTICO

Desde muito pequenas, as crianças entram em contato com grande quantidade e variedade de noções matemáticas, ouvem e falam sobre números, comparam, agrupam, separam, ordenam e resolvem pequenos problemas envolvendo operações, acompanham a marcação do tempo feita pelos adultos, observam e experimentam as propriedades e as formas dos objetos, exploram e comparam pesos e tamanhos, percorrem e exploram diferentes espaços e distâncias, etc. 
Esses conhecimentos, variam, em maior ou menor grau, de acordo com a cultura e o meio social aos quais as crianças pertencem e constituem um bom ponto de partida para novas aprendizagens. Cabe às Instituições de Educação Infantil articular essas experiências extra-escolares com os conhecimentos matemáticos socialmente construídos. 
Para tanto, é preciso organizar situações que desafiem os conhecimentos iniciais das crianças, ampliando-os e sistematizando-os. Atualmente, convivem nas Instituições de Educação Infantil diversos enfoques didáticos apoiados em diferentes concepções, às vezes contraditórias. É preciso considerar que os avanços da ciência fazem surgir novas teorias, que dialogam com as anteriores, proporcionando novos enfoques sobre o ensino, a aprendizagem, o papel da criança, da professora e do conteúdo. 
Uma das práticas frequentes é ensinar os números um a um, seguindo a ordem em que aparecem na série numérica, enfatizando, na maioria das vezes, o seu traçado. Ensina-se um número de cada vez, primeiro o 1, depois o 2 e assim sucessivamente, por meio de propostas que enfatizam a repetição, o treino e a percepção, como: passar o lápis sobre os algarismos pontilhados, colar bolinhas de papel crepom ou colorir os algarismos, anotar ou ligar o número à quantidade de objetos correspondente (por exemplo, ligar o 2 ao desenho de duas bolas). 
Esse tipo de prática se apoia na ideia das crianças aprenderem por repetição, memorização e associação e deixa de lado os conhecimentos construídos pelas crianças no seu convívio social. Nas suas interações cotidianas, as crianças não deixam de se perguntar sobre os números: “que número é esse?”, “como se escreve?”, “qual número vem depois dele?”
Nenhuma criança espera ter seis ou sete anos e uma professora na sua frente para começar a perguntar sobre o uso e funcionamento dos números. Outra prática relativa ao ensino dos números bastante presente na Educação Infantil são atividades visando o desenvolvimento de estruturas do pensamento lógico-matemático. Esse tipo de prática deriva de algumas interpretações das pesquisas psicogenéticas que concluíram que o ensino da Matemática seria beneficiado por um trabalho que incidisse na construção da noção de número pela criança. Desta forma, as operações lógicas e as provas piagetianas foram transformadas em conteúdos de ensino, trabalhados por meio de ações de classificar, ordenar, seriar e comparar objetos em função de diferentes critérios. Graças a numerosas investigações sobre a produção e compreensão de notações numéricas, hoje sabemos que as crianças elaboram conceitualizações próprias e originais sobre os números. 
Quando o sujeito constrói conhecimento sobre conteúdos matemáticos, assim como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem, sem que haja um esforço didático especial para isso. Já não consideramos a conservação do número como pré-requisito para trabalhar com os números. Sabemos que as crianças podem trabalhar diretamente com o número, contando objetos, lendo e escrevendo números, resolvendo situações de comparação, ordenação e reunião de quantidades, sempre em situações significativas, contextualizadas e com sentido. 
Outra hipótese é a de que para trabalhar de forma construtivista em matemática é preciso utilizar material concreto. A professora propõe um problema e convida as crianças a resolvê- lo utilizando pequenos objetos, como palito de sorvete, tampinhas, etc., e só depois representam o cálculo graficamente. Ao propor o uso do material concreto como meio de solução de um problema, a criança é impedida de decidir qual procedimento quer utilizar. Provavelmente, muitas crianças não precisariam recorrer à contagem para resolver o cálculo ou poderiam fazer a contagem com marcas em uma folha ou ainda utilizando os dedos. Outra contradição desse tipo de prática é a ideia das crianças precisarem primeiro passar por uma resolução concreta, depois gráfica e finalmente abstrata. É comum, por exemplo, organizar um jogo de percurso e propor às crianças serem os peões que caminharão sobre o tabuleiro. Na realidade, toda ação física supõe ação intelectual. Sabemos que as crianças não necessitam fazer essa “passagem”. E, ainda, quando a professora oferece como única possibilidade o uso do material concreto, não considera uma das principais características da atividade matemática: ser uma atividade intelectual e não empírica. Então, o que significa ensinar e aprender matemática na Educação Infantil? Partindo do pressuposto das crianças pequenas frequentarem a Educação Infantil para muito mais do que “fazer amigos”, se quisermos melhorar o que fazemos, precisaremos enfrentar o desafio de conhecer e estudar novos conhecimentos didáticos. 

créditos: Priscila Monteiro

Ensino da matemática na primeira infância (EMPI)

Introdução
Ensinar a matemática a crianças pequenas, antes de sua entrada na escola de primeiro grau, não é uma prática nova. Na realidade, o ensino da matemática na primeira infância (EMPI) já existe sob várias formas há centenas de anos.1 O que mudou ao longo do tempo são as opiniões quanto aos motivos que justificam a importância do EMPI, aos objetivos que esse ensino deveria alcançar e à forma (ou a utilidade) de ensinar a matemática a um público tão jovem.
Do que se trata e contexto da pesquisa
O EMPI é necessário?
Uma preocupação de muitos especialistas da infância, incluindo educadores e pesquisadores, é a recente tendência de “estender a educação escolar às crianças pequenas”.2 Essa tendência se manifesta pela aplicação aos níveis pré-escolares de programas que eram formalmente reservados às crianças em idade escolar, com um foco sobre os resultados nas avaliações.3 A motivação por trás dessa extensão dos programas parece ser principalmente de ordem política, com uma ênfase cada vez maior sobre o sucesso precoce, a melhoria dos resultados nos testes e a redução das diferenças entre minorias específicas e grupos socioeconômicos.4
Apesar da preocupação generalizada ligada à extensão dos programas de nível escolar para o nível pré-escolar, existem fatores convincentes que encorajam a presença de pelo menos algum tipo de ensino da matemática para as crianças em idade pré-escolar, ao menos para alguns grupos dessas crianças. Como ressaltam Ginsburg et al., aprender a matemática constitui “uma atividade ‘natural’ e apropriada do ponto de vista desenvolvimental para as crianças pequenas”1. Muitas crianças desenvolvem conceitos simples sobre espaço, quantidades, tamanhos, motivos geométricos e operações nas suas interações diárias com o mundo. Infelizmente, nem todas as crianças têm as mesmas oportunidades de elaborar esses conceitos matemáticos informais, porém, fundamentais, no seu dia-dia. De modo que – e porque a equidade constitui um aspecto tão importante do ensino da matemática – o EMPI parece especialmente relevante para as crianças que pertencem a grupos marginalizados,3 como as crianças com necessidades especiais, aquelas que aprendem a língua nacional como segunda língua (por exemplo, o método “English-as-additional-language [EAL]”) e as crianças de lares com baixo status socioeconômico, instáveis ou omissos.4
Resultados de pesquisas recentes
A equidade em matéria de educação é um argumento muito importante em favor do EMPI, porém um aspecto intimamente ligado à equidade é o fato de ajudar as pequenas mentes matemáticas a passar dos conceitos informais aos conceitos formais da matemática, conceitos que têm nomes, princípios e regras. O desenvolvimento dos conceitos matemáticos nas crianças se constrói muitas vezes a partir de experiências informais e pode ser representado por trajetórias de aprendizado5 que ressaltam o modo de competências específicas em matemática se formarem a partir das experiências anteriores, e dão informações sobre as etapas seguintes. Por exemplo, aprender os nomes, a ordem e as quantidades dos “números intuitivos” um, dois e três, reconhecer esses valores como conjuntos de objetos, nomes de números e partes de um todo (por exemplo, três pode ser formado a partir de 2 e 1 ou de 1 + 1 + 1), tudo isso pode ajudar as crianças a desenvolver uma compreensão das operações simples.6 “Matematizar” ou oferecer experiências matemáticas adequadas e enriquecê-las com um vocabulário matemático, pode ajudar a ligar a curiosidade natural e precoce das crianças e suas observações sobre a matemática aos conceitos que serão ensinados mais tarde na escola.3 Os pesquisadores encontraram evidências sugerindo que o raciocínio matemático aparece muito cedo1,6,7 e que o EMPI pode ajudar as crianças a formalizar conceitos precoces, estabelecer ligações com conceitos relacionados, e fornecer o vocabulário e os sistemas de símbolos necessários à comunicação e à tradução da matemática (como exemplo, ver o artigo de Baroody).6
O EMPI pode ser importante para além da equidade e da “matematização”. Em uma análise de seis estudos longitudinais, Duncan et al.8 descobriram que as competências em matemática das crianças quando de sua entrada na escola servem como indicação para futuros bons resultados acadêmicos, mais até que as competências de concentração, socioemocionais ou de leitura. Da mesma forma, dificuldades precoces no aprendizado dos conceitos básicos da matemática podem ter efeitos duradouros para toda a escolaridade das crianças. Visto que as competências em matemática são especialmente importantes para participar de maneira produtiva ao mundo moderno (Plata L, dados não publicados, 2006)9 e que certas áreas específicas da matemática como a álgebra podem abrir as portas do ensino superior e da escolha de uma carreira,10 o acesso a experiências matemáticas precoces, equitativas e apropriadas reveste uma importância crucial para todas as crianças pequenas.
O que é um EMPI “apropriado”?
As opiniões divergem a respeito daquilo que deve ser o EMPI e da maneira de incuti-lo na vida das crianças em idade pré-escolar, com um continuum da quantidade de intervenções ou de ensino proposta. Numa ponta desse continuum tem-se uma abordagem do EMPI muito direta, didática e centrada no professor, enquanto que na outra ponta do espectro, existe uma abordagem do EMPI não didática, centrada na brincadeira e focada na criança.4 Pode ser que crianças individuais e talvez diferentes grupos de crianças se beneficiem de diferentes níveis de ensino dentro desse continuum, e ainda há muita pesquisa a ser feita no intuito de entender melhor quais são as melhores práticas para todas as crianças e todos os aspectos. O “Building Blocks” é um exemplo de programa de aprendizado da matemática destinado a crianças pequenas baseado em pesquisas. Trata-se de um programa elaborado para apoiar e melhorar o desenvolvimento do raciocínio matemático das crianças (isto é, as trajetórias de aprendizado) através de jogos, vídeo, da utilização de objetos usuais (isto é, de objetos manipuláveis como cubos), e de material impresso.11 O projeto Building Blocks representa uma tentativa de alinhar o conteúdo e as atividades pedagógicas com as trajetórias de aprendizado em áreas bem estudadas como a contagem. As trajetórias de aprendizado de outras áreas, como as medições e a formação de motivos geométricos, ainda não estão muito bem compreendidas.5
Ginsburg et al.1 descreveram seis componentes que deveriam fazer parte de todas as formas de EMPI (isto é, programas como Building Blocks): ambiente, brincadeiras, momentos de ensino espontâneo, projetos, programa de estudos e ensino intencional. Por exemplo, qualquer que seja o lugar de um programa específico de matemática dentro do continuum didático-lúdico, o ambiente constitui um componente vital da educação precoce. Mais especificamente, o fato de fornecer às crianças em idade pré-escolar materiais que estimulam o raciocínio matemático, como cubos, formas e quebra-cabeças, pode facilitar o desenvolvimento de competências básicas como formar motivos geométricos, saber fazer comparações e operações numéricas desde cedo. Outro componente importante é o momento do ensino que consiste em reconhecer e capitalizar as descobertas espontâneas das crianças no campo da matemática fazendo perguntas que exigem que as crianças reflitam antes de responder, fornecendo o vocabulário e o suporte para representá-lo, e sugerindo atividades que sejam uma extensão do ensino com maiores detalhes e apoio das ideias matemáticas.
Talvez o componente mais popular do EMPI na literatura científica atual seja a brincadeira. Muitos partidários do aprendizado por meio da brincadeira argumentam que as crianças aprendem muito quando descobrem por si mesmas ideias matemáticas em situações naturais ou minimamente inventadas.12,13 Alguns até dizem que a brincadeira está desaparecendo das pré-escolas em consequência da adoção da educação escolar e das provas.14 Eles apresentam dados indicando que as crianças, nos seus primeiros anos de escola (incluindo as creches) passam hoje mais tempo na preparação de provas que na prática de atividades baseadas em brincadeiras.4 Existem até muitos brinquedos educativos no mercado, concebidos mais para promover um aprendizado precoce de conceitos acadêmicos (isto é, alfabetização inicial para bebês) do que para o aprendizado pela brincadeira em si. Em parte, essa abordagem pode ser a consequência das ideias dos pais a respeito da importância de uma educação precoce para o futuro sucesso escolar. Muitas pesquisas ainda devem ser feitas sobre o impacto dos brinquedos educativos, da tecnologia, da brincadeira (ou de sua falta) e dos diversos programas de EMPI sobre o desenvolvimento matemático das crianças em idade pré-escolar.
créditos: Jody L. Sherman-LeVos, PhD University of California, Berkeley, EUA

Quatro fundamentos para introdução à Matemática

Dicas para Ensinar Matemática

Para tornar a matemática, ao invés do martírio tradicional, uma matéria mais agradável e atraente às crianças, os pais precisam entender os princípios da matemática fundamental, e conseguir criar atividades, jogos, ou descobrir softwares criativos, que reforcem estes princípios.

Introdução

A matemática do modo que é vista na escola, normalmente repercute entre as crianças de forma negativa. Dá a falsa ideia de que seja uma matéria dirigida apenas para a solução de problemas complexos, ou para soluções de questões que em nada estão relacionados com a nossa vida diária. Isso acaba por criar nos alunos aquela impressão de não saber, de fato, qual a sua utilidade. Será que é por isso que se tornou uma disciplina tão indesejável entre a maioria?
Entretanto, um bom software voltado à matemática fundamental, assim como os jogos matemáticos que podem ser criados com o auxílio do seu computador, ou ainda programas simples de desenho e pintura, podem se tornar excelentes auxiliares para nos ajudar a aplicar a matéria em situações comuns do nosso dia a dia. Desse modo, as crianças, desde cedo, verão com naturalidade como ela está presente em quase todas as situações da vida real, e como faz parte da nossa rotina, embora, na maioria da vezes, tudo isso passe despercebido.
1. Senso Numérico

  1. Os pais precisam encorajar as crianças a juntar, separar, e comparar objetos em conjuntos, muito antes delas terem contato com os conceitos abstratos de como fazer isto numericamente. Contagem não é a mesma coisa que senso numérico - muitas crianças são capazes de contar corretamente antes mesmo de terem noções do significado dos números de 1 a 10.
  2. Você pode criar um divertido jogo de "senso numérico" usando desenhos feitos em um programa simples de desenho, o Paint que vem com o Windows, por exemplo.
  3. As figuras devem ser classificadas em grupos de objetos - tais como, veículos de vários tipos, zoológico, animais selvagens e domésticos. Faça as ilustrações do maior tamanho que puder e imprima-os se possível em papel cartonado - se não tiver o papel, pode colar o papel comum sobre papelão. Se não tiver impressora colorida, pode-se colorir com qualquer outro meio, até com lápis de cores, ou aquarelados, e então corte as figuras em quadrados.
  4. Usando recipientes diversos, tais como, caixas de sapato, embalagens de ovos, casinha da boneca, elabore histórias onde a criança tenha de classificar e combinar os objetos.
  5. Proponha que ela coloque na casinha de boneca, por exemplo, todos os animais que vivem com as pessoas, e coloque os outros na caixa de sapato (o zoológico). Ou deixe que ela faça sugestões para novos conjuntos - todos que tenham a cor verde, aqueles que andam mais rápido, ou aqueles que ela mais gosta, etc.
  6. Após classificar os objetos por grupos, faça-lhe perguntas sobre a quantidade em cada conjunto e use isso como base para comparação (qual deles tem mais animais quando o arranjo é feito desse modo, a casa ou o zoológico?), etc.
2 - Padrões e Relacionamentos


  1. A matemática é o estudo dos padrões e das regras que explicam tudo que é regular no mundo físico.
  2. Padrões podem ser simples (como dia e noite) ou mais complexos (como os componentes do DNA animal).
  3. Ao ajudar a criança no reconhecimento de padrões e relacionamentos, você estará dando a ela a base inicial para desenvolver sua capacidade de solucionar problemas, entender sequências lógicas, e o entendimento dos padrões numéricos, tais como da base decimal.
  4. Use os conjuntos de figuras daAtividade 1 para ensinar padrões simples.
  5. Organize um padrão alternativo sequencial simples - como, um"carro e um caminhão", "carro e caminhão"; ou "animais de casa e animais do zoológico", "animais de casa e animais do zoológico" - e deixe a criança completar escolhendo o que virá a seguir em cada sequência.
  6. Ou escolha associar um som ou movimento para cada tipo de item no padrão (carro = estalo de dedos; caminhão = batida com o pé). Espalhe as figuras no chão ou sobre outra superfície e, a medida que seus dedos caminham sobre as figuras, encoraje-o a produzir o som ou a respectiva ação associada.
3 - Geometria e Raciocínio Espacial

  1. Geometria é tudo sobre as propriedades e relacionamentos de formas planas e tridimensionais. Ela ensina a criança como fazer a marcação de um campo de futebol no quintal, construir uma ponte de blocos de madeira, ou pintar uma paisagem com as proporções do aspecto natural.
  2. Com um programa de desenho, crie um triângulo equilátero (todos os lados iguais) e faça várias cópias do mesmo. Crie também outras formas, tais como, hexágonos, rombóides (quadrilátero em forma de diamante), e trapezóides. Faça o mesmo com quadrados de lados iguais e retângulos.
  3. Imprima tudo em papel cartonado, - pode-se cobrir as figuras com papel colorido ou pintar com lápis de cera, etc - e corte as formas para criar (literalmente) os blocos de construir para este jogo.
  4. Agora use estes blocos para construir formas simétricas. Combine as pequenas peças para construir objetos maiores, ou preencha um grande quadrado ou retângulo com a maior quantidade de pequenas peças que conseguir.
  5. Discuta com a criança o que está acontecendo quando as formas são combinadas, (mostre a ela como um quadrado ou um retângulo são formados por dois triângulos) e compare os componentes de cada forma (altura, largura, ângulos) e como eles transformam aquela forma geométrica em peça única.
4 - Resolução de Problemas

  1. O Pensamento lógico é essencial para a resolução de problemas. Isto envolve planejamento sequencial, criação de soluções alternativas, e previsão de resultados.
  2. Os Quebra-cabeças "Tangram" exigem paciência e planejamento e são mais adequados para as crianças maiores de três anos.
  3. Eles são diferentes dos jogos de geometria simples e raciocínio espacial, porque convidam a criança a juntar as diferentes peças do jogo, na disposição que acharem mais adequada. Desse modo, estão livres para criar e todas as composições resultantes estarão corretas.
  4. Faça manualmente ou use seu programa de desenho e pintura para dividir um grande quadrado em várias partes, e fazer seu próprio Quebra-cabeças Tangram. Veja uma sugestão de modelo da Figura AQUI
  5. Veja também nosso CD Lógica e Criatividade para conseguir um bom programa de Tangran.
  6. Você pode colorir as peças com a aplicação de papel colorido, lápis de cera, ou na própria impressora se for colorida. Corte em seguida todos os pedaços conforme indicado na figura.
  7. Tanto no caso da impressão quanto para o desenho manual, o ideal é sejam aplicados sobre uma folha de papel cartonado, antes do recorte. Manualmente pode ser feito diretamente sobre papel cartonado.
  8. As regras do jogo Tangram são simples: Use todas as peças para formar figuras, inicialmente sem uma forma padrão definida. Todas as peças devem ser planas e com encaixe perfeito, umas nas outras.
  9. Agora determine os objetivos do jogo. Faça um padrão que a criança deve copiar, ou dê nomes a figura, tais como, casa, pessoa, carro, ou pássaro, e mande-a então usar as peças para construí-las. Melhor ainda, desafie a criança (e você também) a reconstruir o quadrado original.
créditos:Alberto Filho - Maio 2013, Family PC Magazine



Ensinando matemática em casa

O mundo é regido pelos números, e não há nada onde a presença deles não seja visível. Usar de modo prático essa condição pode nos ensinar muita coisa. Para tanto além de outras obrigações, agregue mais essa; ensinar e reforçar o processo de aprendizagem da matemática à seu filho. 

Vou precisar usar isso na vida real? "Quase todos nós já fizemos essa pergunta, com uma certa ironia, ao nosso professor de matemática. Se ele, o professor, pudesse, diria agora: E agora, quem vai rir por último?
Os pais, sabem como é importante e essencial nos dias atuais o conhecimento de matemática, uma vez que ela está mais presente e forte que nunca no nosso dia a dia, em praticamente todas as situações. Mais presente e necessária que nunca.
E é exatamente por estar tão presente que podemos virar o feitiço a favor das crianças e usar os eventos da vida diária para ensinar-lhes matemática. E o melhor de tudo, elas sequer vão perceber que estão aprendendo!
Enfim, a Matemática está em toda parte. Estas são apenas algumas formas que você pode usar para introduzir o aprendizado dessa disciplina no dia a dia das crianças. Use sua criatividade e descubra outras ideias, com certeza elas existem aos montes.
Aprendendo com Jogos

Se bem escolhidos, no computador ou da forma convencional, jogos podem ser excelentes instrumentos educativos...


1. Jogos de Tabuleiro

  • Acredite ou não, estes brinquedos populares possuem uma grande capacidade, na maioria das vezes ignoradas por todos, de ensinar matemática às crianças.
  • Jogos básicos, de computador, do tipo labirintos e explorações de subterrâneos e cavernas com tesouros escondidos, ensinam as crianças os conceitos de sequência, tamanho, geometria e contagem.
  • Jogos mais complexos, tais como Banco Imobiliário, ensina uma matemática mais avançada, gerenciamento de dinheiro e valores.
  • Jogos como Jogo da velha, Damas e Xadrez, ensinam estratégia e lógica.
2. Jogos de Cartas

  • Jogos básicos como Peixe ensinam às crianças pequenas, o reconhecimento dos números.
  • Jogos mais complexos como, Batalha, ajudam a construir as bases primárias e ensinam sequência, definição e uso de valores, coordenadas, vetores, conjuntos e estratégia.
3. Quebra Cabeças

  • Quebra-cabeças de figuras recortadas é uma excelente ferramenta para ensinar e desenvolver a habilidade matemática.
  • Os quebra-cabeças básicos ensinam raciocínio espacial, enquanto que outros mais elaborados, ensinam formas e tamanhos. As Crianças também usam habilidades como, sequência e ordenação para agrupar as peças do quebra-cabeças.
4. Blocos de Construção

  • Não importa se as crianças estão usando blocos planos de papelão ou madeira, ou "Legos", mas o fato é que construir, organizar, estruturas coerentes e lógicas, exige matemática básica, habilidades de engenharia e geometria.
  • As crianças usam: tamanho, forma e sequência para dar vida e expressão às suas criações.
  • Através do método de tentativa e erro elas aprendem qual a melhor técnica a ser usada e qual a que funciona.

    Dentro de um supermercado ou mercadinho a possibilidade matemática está presente em cada seção.
    Aprendendo no Supermercado
    5. Dentro do Supermercado

    • O supermercado oferece uma infinidade de oportunidades de aprendizado.
    • Na seção de frutas e verduras, por exemplo, as crianças podem aprender sobre pesos, medidas e comparações:
      1. " Quantas maçãs são necessárias para formar um quilo? "
      2. " Qual pesa mais: cinco batatas ou cinco limões? "
    • As crianças também podem praticar conhecimentos de matemática básica:Adição, subtração, divisão, multiplicação e estimativa.
      1. " O quê custa mais: 100 gramas de queijo por R$ 3,00 ou 150 gramas por R$ 6,00? "
      2. " Quanto já gastamos até agora? "
      3. " Quantas refeições podemos preparar para nossa
          família com esta caixa de filé de peixe?"
      4. " A conta foi R$ 35,70. Se eu pagar R$ 40,00, quanto vou receber de troco? "
        (Nesse caso não vale olhar para o terminal do caixa)
    • 6. Gerenciando a Mesada

      • Uma das melhores maneiras de ensinar seu filho a desenvolver habilidade para gerenciar dinheiro é dando-lhe uma pequena mesada para ele gastar como quiser.
      • Explique, claro, que o dinheiro deverá ser usado com sabedoria para comprar seus brinquedos, revistas, ou outras coisas que ele julgue necessárias.
      7. Conhecendo Mapas e com o pé na Estrada

      Como uma viagem pode se transformar em uma excelente aula de matemática.
      • Usar mapas da forma correta é uma habilidade matemática frequentemente ignorada.
      • Uma viagem de carro, ônibus ou até avião oferece oportunidades para praticar alguma coisa. Por exemplo:
        1. "A que distância fica o lugar para onde estamos indo?"
        2. "Quantas cidades ou estados vamos cruzar?"
        3. "Que caminho precisamos tomar para chegar ao nosso destino?"
        4. "Quantos automóveis do modelo X vamos encontrar até chegarmos ao nosso destino?"
        5. "Quantas placas de sinalização encontramos pelo caminho?"
      • Aprendendo durante a viagem:
        Viagens também permitem o exercício matemático.
        1. "Qual será a média de consumo do carro por litro de combustível?"
        2. "Se viajarmos a 80 Km por hora, quanto tempo vamos levar para percorrer 300 Kms?"
        3. "Se levarmos 3 horas para percorrer tal distância, qual será nossa velocidade média?"

          • créditos: dicas para pais e educadores de Alberto filho